Marketing de provocação: rivalidade entre marcas vende?

Você já percebeu que as grandes empresas costumam cutucar as suas concorrentes em ações de marketing e materiais criativos? Muito comum nos Estados Unidos, essa prática recebe diferentes nomes, como marketing de guerrilha ou marketing de provocação.   No artigo de hoje, você vai entender mais sobre esse assunto e conferir alguns exemplos de marcas que seguem essa estratégia.

O que é o marketing de provocação?

Todas as empresas, por mais inovadoras que sejam, possuem concorrência, e devem saber se destacar diante das rivais para garantir um bom faturamento. Enquanto algumas empresas escolhem ignorar as demais marcas do mesmo segmento, outras preferem trazer essa rivalidade a público e brincar com campanhas alfinetando umas às outras.
 
Isso é o marketing de provocação: uma estratégia que busca gerar buzz e chamar atenção do público de forma criativa. Em vez de fingir que a concorrência não existe, a marca valoriza os seus diferenciais e estimula o engajamento entre seus consumidores. Afinal, quem nunca se pegou defendendo uma marca em detrimento de outra, em uma roda de amigos?

Marketing de provocação: exemplos clássicos

Agora que você sabe o que é o marketing de provocação, já deve ter conseguido pensar em algumas campanhas e ações que se aproveitaram dessa estratégia para chamar a atenção. Mas, para te ajudar a fixar ainda mais esse conceito, separamos três exemplos clássicos de como isso foi colocado em prática por gigantes do mercado. Confira:
Coca-Cola vs. Pepsi: Talvez esse seja o exemplo mais antigo do marketing de provocação. Embora sigam linhas de comunicação diferentes, com a Coca-Cola tendo uma abordagem mais emocional contra a linguagem jovem da Pepsi, as marcas têm em comum o hábito de trocar farpas, de tempos em tempos.
 
Quando a Pepsi colocou sua latinha fantasiada de Coca-Cola para o Halloween, sob o pretexto de ser uma fantasia assustadora, a Coca respondeu à altura: reutilizando a mesma arte, a líder do mercado disse que “todos querem ser um herói”.
Burger King vs. McDonald’s: Assim como no caso anterior, aqui falamos de duas gigantes de um determinado segmento, em que uma opta por um perfil comercial mais conservadora, enquanto outra busca ter uma abordagem mais irreverente para gerar visibilidade. Por mais que o McDonald’s continue líder de mercado, a ousadia do Burger King faz com que toda nova campanha publicitária da marca gere um buzz imenso na internet. E o marketing de provocação é muito presente nessa estratégia.
 
O Burger King passou por um processo de mudança no preparo dos seus lanches, retirando ingredientes artificiais. E como eles resolveram comunicar isso? Utilizando o tradicional jingle do McDonald’s para o Big Mac. O resultado é uma peça simples, mas extremamente criativa.
Mon Bijou x Comfort: Para finalizar, um exemplo mais pontual, mas que marcou a história da publicidade no Brasil: os anúncios do amaciante Mon Bijou, da Bombril, mencionando o concorrente Comfort, da Unilever.
 
Em 1983, com a chegada do Mon Bijou ao mercado, a Bombril veiculou em rede nacional uma peça publicitária do seu novo produto ao lado do principal concorrente, o amaciante Comfort. O caso foi parar na justiça e a marca precisou chamar o garoto-propaganda Carlos Moreno para fazer outro comercial, censurando o produto concorrente. O resultado você confere nos vídeos abaixo:

Por que grandes marcas apostam no marketing de provocação?

Quando feito de maneira ética e respeitosa, o marketing de provocação pode ser uma estratégia poderosa, garantindo benefícios significativos para a marca, como:
 
– Chamar a atenção do público e da mídia;
– Destacar a marca no mercado, se diferenciando da concorrência; – Engajamento do público de maneira ativa;
– Fortalecimento da personalidade da marca;
– Potencialização do alcance da marca, com ações e campanhas virais.
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